domingo, 24 de setembro de 2017


RESUMO EXPANDIDO APRESENTADO NO I ENCONTRO DE PESQUISAS E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL DO CAMPUS CAICÓ/2017 


FILOSOFIA PARA CRIANÇAS: UM CONVITE AO PENSAR COLETIVO COM RESPEITO ÀS DIFERENÇAS

Raíssa Santana de Medeiros/UERN
Maria Reilta Dantas Cirino/UERN


RESUMO
A busca por uma educação na qual as crianças possam encontrar significado tem sido um dos grandes desafios do sistema educacional. Lipman; Shapp; Oscanyan (2001) propõem que é possível, através da filosofia, uma prática que poderá aperfeiçoar o pensar e fazer sentido para as crianças. Nessa perspectiva, elabora uma proposta de Filosofia para Crianças - FpC, com currículo, metodologia e formação para professores. Este artigo tem como objetivo compreender a função da comunidade de investigação, um dos aspectos da proposta de Lipman, como metodologia educacional com a qual, de acordo com Lipman; Shapp; Oscanyan (2001) torna-se possível promover,  dentro da sala de aula, o respeito à diversidade humana. No primeiro momento, utilizamos como suporte teórico o pensamento de Lev Vigotsky (1896-1934) por abordar o procedimento interativo, dialógico e social. A perspectiva de Vigotsky (ANO) aponta para a possibilidade do indivíduo ter maior facilidade em desenvolver conhecimentos em interação com a linguagem e com o meio coletivo.  No segundo momento, faremos uma incursão ao pensamento de Vigotsky e Charles Sanders Peirce (ano) os quais contribuíram para a elaboração da teoria do pensador Matthew Lipman na década de 60, em sua proposta de FpC. A metodologia da comunidade de investigação, proposta por Lipman, como espaço democrático nas salas de aula e como exercício para a experiência do pensar, através de conceitos filosóficos, leva Lipman a pensar um currículo específico para essa prática.  Assim, Lipman propõe o aperfeiçoamento do pensar através do desenvolvimento de habilidades de pensamento nas comunidades de investigação, nas quais, gradativamente, o pensamento infantil aproxima-se da ideia de Lipman do ‘pensar melhor’ da criança fazendo-a explorar suas próprias opiniões alcançando o raciocínio lógico. Para problematizar este assunto também tomamos como base a concepção de Henri Wallon (1968) que considera o desenvolvimento humano como algo descontínuo, e, ao mesmo tempo, afirma uma educação pensada com respeito às diferentes culturas e aos diversos contextos de desenvolvimento de cada sujeito. Desse modo, levantamos o seguinte questionamento: de que modo a comunidade de investigação de Matthew Lipman pode contribuir para uma educação para todos, independente de sua origem social, e ao mesmo tempo essa educação seja para cada indivíduo um lugar democrático que lhe faça sentido? Após esse estudo bibliográfico, foi possível perceber que o diálogo filosófico em sala de aula promove integração grupal, possibilitando a percepção de alternativas diversas, as inferências aos fatos compartilhados, a argumentação cada vez mais coerente dos alunos referente à discussão sobre diversos assuntos, como também, contribui para o desenvolvimento do pensar cada vez mais aguçado.

Palavras – chave: Matthew Lipman. Comunidade de Investigação. Pensamento.



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