RESUMO EXPANDIDO APRESENTADO NO I ENCONTRO DE PESQUISAS E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL DO CAMPUS CAICÓ/2017
FILOSOFIA
PARA CRIANÇAS: UM CONVITE AO PENSAR COLETIVO COM
RESPEITO ÀS DIFERENÇAS
Raíssa
Santana de Medeiros/UERN
Maria
Reilta Dantas Cirino/UERN
RESUMO
A
busca por uma educação na qual as crianças possam encontrar
significado tem sido um dos grandes desafios do sistema educacional.
Lipman; Shapp;
Oscanyan (2001) propõem que é
possível, através da filosofia, uma prática que poderá
aperfeiçoar o pensar e fazer sentido para as crianças. Nessa
perspectiva, elabora uma proposta de Filosofia para Crianças -
FpC, com
currículo, metodologia e formação para professores. Este artigo
tem como objetivo compreender a função da comunidade de
investigação, um dos aspectos da proposta de Lipman, como
metodologia educacional com a qual, de acordo com Lipman;
Shapp; Oscanyan
(2001) torna-se possível promover, dentro da sala de
aula, o respeito à diversidade humana. No primeiro momento,
utilizamos como suporte teórico o pensamento de Lev Vigotsky
(1896-1934) por abordar o procedimento interativo, dialógico
e social. A perspectiva de Vigotsky
(ANO) aponta para a possibilidade do
indivíduo ter maior facilidade em desenvolver conhecimentos em
interação com a linguagem e com o meio coletivo. No segundo
momento, faremos uma incursão ao pensamento de Vigotsky
e Charles Sanders Peirce
(ano) os quais contribuíram para a elaboração da teoria do
pensador Matthew Lipman
na década de 60, em sua proposta de FpC. A metodologia da
comunidade de investigação, proposta por Lipman, como
espaço democrático nas salas de aula e como exercício para a
experiência do pensar, através de conceitos filosóficos, leva
Lipman a
pensar um currículo específico para essa prática. Assim,
Lipman
propõe o aperfeiçoamento do pensar através do desenvolvimento de
habilidades de pensamento nas comunidades de investigação, nas
quais, gradativamente, o pensamento infantil aproxima-se da ideia de
Lipman do
‘pensar melhor’ da criança fazendo-a explorar suas próprias
opiniões alcançando o raciocínio lógico. Para problematizar este
assunto também tomamos como base a concepção de Henri Wallon
(1968) que considera o desenvolvimento
humano como algo descontínuo, e, ao mesmo tempo, afirma uma educação
pensada com respeito às diferentes culturas e aos diversos
contextos de desenvolvimento de cada sujeito. Desse modo,
levantamos o seguinte questionamento: de que modo a comunidade
de investigação de Matthew Lipman
pode contribuir para uma educação para todos, independente de sua
origem social, e ao mesmo tempo essa educação seja para cada
indivíduo um lugar democrático que lhe faça sentido? Após esse
estudo bibliográfico, foi possível perceber que o diálogo
filosófico em sala de aula promove integração grupal,
possibilitando a percepção de alternativas diversas, as inferências
aos fatos compartilhados, a argumentação cada vez mais coerente dos
alunos referente à discussão sobre diversos assuntos, como também,
contribui para o desenvolvimento do pensar cada vez mais aguçado.
Palavras
– chave: Matthew Lipman.
Comunidade de Investigação. Pensamento.
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