RESUMO EXPANDIDO APRESENTADO NO I ENCONTRO DE PESQUISAS E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL DO CAMPUS CAICÓ/2017
FILOSOFIA,
INFÂNCIA E TECNOLOGIA
Rafael
Medeiros da Silva/UERN
Maria
Reilta Dantas Cirino/UERN
RESUMO
Atualmente
o ensino de Filosofia na educação básica funciona de maneira legal
apenas nos currículos do ensino médio. Até o final da década de
1960 tal realidade não era diferente nos Estados Unidos, quando o
filósofo norte-americano Matthew Lipman começa a discutir a
possibilidade da vivência da filosofia desde a infância. Essa
discussão se origina como resultado de sua percepção do alto grau
de dificuldade de muitos de seus alunos, já adultos na universidade,
em elaborar raciocínios e inferências lógicas. A partir de então
o mesmo elabora um currículo para fazer filosofia com as crianças
já nas séries iniciais, tendo em vista que tal prática ajudasse a
evitar muitas dificuldades posteriores. Como material didático a ser
utilizado nesse novo currículo, o filósofo propõe as novelas
filosóficas de sua própria autoria, as quais tratam de alguns temas
da vida cotidiana dos infantes relacionados aos conceitos já
tratados pelos filósofos. Não obstante isso, Lipman não somente
cria um novo projeto de prática em filosofia, como também constata
que sua ideia inicial, segundo a qual as crianças tinham capacidade
para o filosofar, estava certa, e passa então a transformar a sala
de aula em uma comunidade de investigação, ou seja, onde todos
investigam e têm o direito de expressar o seu pensamento. Lipman;
Shapp; Oscanyan (2001) definem que a filosofia começa com o
deslumbramento, ou seja, que é necessário haver um fascínio, para
se aprender a filosofar. Nisso percebem grande aproximação com as
crianças. Seguindo tal ideia, este trabalho objetiva realizar uma
pesquisa bibliográfica e expor seus resultados relativos à
existência de softwares
(aplicativos)
capazes de contribuir para o filosofar infantil, além de abordar o
uso das novas tecnologias como instrumentos didáticos que contribuem
para o entusiasmo e interesse dos alunos em estudar temas e conceitos
de forma interativa. Como amparo teórico para a discussão da FpC
tomamos especialmente as obras de Lipman (1990), Lipman; Shapp;
Oscanyan (2001), Kohan (1998; 2008), Souza (2013), e Cirino
(2016). Já
para a discussão sobre as possibilidades do uso pedagógico da
tecnologia, Ramos (2012) e Soffa
(2008).
Ao final do trabalho foi possível perceber a relevância de sugerir
que sejam feitas novas pesquisas e abordagens de ambos os temas
expostos, além de o estudo apontar para a elaboração e
desenvolvimento softwares
voltados
para o objetivo de iniciar as crianças no exercício do filosofar
nas comunidades de investigação.
Palavras-Chave:
Filosofia.
Crianças. Softwares
educativos.
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