I ENCONTRO DE SOCIALIZAÇÃO DAS
APRENDIZAGENS
II SEMINÁRIO ENSINAR E APRENDER
NA EDUCAÇÃO BÁSICA
Experiências, aprendizagens:
políticas, desafios, embates e resistência.
Caicó, de 20 a 22 Novembro 2019
LOCAL: COMPLEXO CULTURAL ILHA DE
SANT'ANA (Caicó-RN)
Apresentação do Banner:
TEXTO DO BANNER
FILOSOFIA COM CRIANÇAS E JOVENS:
EXPERIÊNCIAS DE FORMAÇÃO E PENSAMENTO NA ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
Gizolene de Fátima Barbosa da Silva Cantalice -UERN
e-mail: gizolene@hotmail.com
Jéssica Bárbara Araújo de Lira Meneses (UERN)
E-mail: jb21091998@gmail.com
Profa. Dra. Maria Reilta Dantas Cirino e-mail: mariareilta@hotmail.com
PALAVRAS-CHAVE: Matthew
Lipman. Filosofia com crianças. Experiência e pensamento
INTRODUÇÃO
A finalidade desse projeto de extensão é
criar condições para a experiência de pensamento com crianças tendo como
elementos norteadores a proposta de Filosofia para Crianças, de Matthew
Lipman e Filosofia com Crianças de Walter Kohan. Acreditamos que, através do
desenvolvimento da postura filosófica, podemos contribuir para potencializar a
capacidade de um pensar cada vez mais coerente, crítico e cuidadoso. As experiências de
pensamento com
crianças são desenvolvidas na Escola Municipal Maria Leonor Cavalcanti/Caicó/RN.
METODOLOGIA
A metodologia efetiva-se
através
de encontros semanais no Campus Caicó/UERN e na escola envolvida.
São realizados estudos teórico-práticos, planejamentos
das ações a serem realizadas; seminários e oficinas de formação temáticas
em
experiências de pensamento; intervenção junto às crianças e jovens da educação
infantil e ensino fundamental em
salas
de aulas dos/as docentes envolvidos/as com a ação. Já o processo avaliativo ocorre
de
maneira contínua através da discussão dos resultados alcançados, das
transcrições das atividades e frente aos objetivos estabelecidos para cada ação.
RESULTADOS
E DISCUSSÃO
A filosofia com crianças compõe um
movimento teórico-prático no Brasil e em várias partes do mundo (KOHAN, 2008)
que visa tornar possível a aproximação entre a filosofia e a infância.
Inspiramo-nos nos conceitos de experiência (LARROSA, 2014), infância
(KOHAN, 2003)
e investigação (LIPMAN, 1990). Identificamos como resultados desse período de ação: a aproximação de estudantes de
filosofia e pedagogia em estudos teóricos e práticos de uma temática
relativamente nova nas duas áreas; planejamento e realização de experiências de
pensamento na educação infantil, participação em eventos acadêmicos com
apresentações de comunicações orais, oferta de oficina e diálogo pedagógico.
CONCLUSÃO
A ação vem se desenvolvendo na perspectiva
da dimensão social, de ensino, pesquisa e extensão, visto que envolve
atividades
que exigem conhecimentos adquiridos nas atividades de ensino, quando se efetua
com sujeitos de escolas públicas de
educação básica do município de Caicó e estudantes de outra IES, como também
investe na ação singular da área filosófica: a busca de espaços de elaboração
e compartilhamento do saber filosófico, no compromisso com a interrogação filosófica
e construção de novos espaços de saberes filosóficos e pedagógicos, contribuição
com a transformação social, bem como a necessidade de abrir novas
possibilidades de articulação e sentidos entre a universidade e a escola de
educação básica dentro do contexto no qual se insere o Curso
de Licenciatura em Filosofia/Caicó.
REFERÊNCIAS
CIRINO, Maria Reilta Dantas. Filosofia com crianças: cenas de experiência em Caicó
(RN), Rio de Janeiro (RJ) e La Plata (Argentina). Rio de Janeiro: NEFI, 2016.
ISBN: 978-85-93057-02-1
KOHAN, Walter Omar. Lugares da infância. Rio de Janeiro: DP&A, 2004.
_____. Infância. Entre educação e filosofia. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.
_____. Filosofia para crianças. 2 ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2008.
KOHAN, Walter Omar; OLARIETA, Beatriz Fabiana. (orgs.). A escola pública aposta no
pensamento. Belo Horizonte: Autêntica, 2012.
(Coleção Ensino de Filosofia).
LARROSA, Jorge. Tremores: escritos sobre experiência. Tradução de Cristina Antunes, João
Wanderley Geraldi. Belo Horizonte: Autêntica, 2014.
LIPMAN, Matthew. A filosofia vai à escola. Tradução de Maria Elice de Brzezinski Prestes e Lúcia Maria Silva Kennedy. São Paulo: Summus, 1990.
FOTO DO BANNER
A APRESENTAÇÃO CONTOU COM A PRESENÇA MUITO ESPECIAL DO PROFESSOR DR. WALTER OMAR KOHAN
Rosana apresentando seu Banner
Jéssica Bárbara Araújo de Lira Meneses apresentando seu trabalho
As discípulas, as mestres e o mestre.
SOBRE O INENSINÁVEL NA FILOSOFIA: A APRENDIZAGEM NA PERSPECTIVA DE UMA RELAÇÃO COM O SABER
Autora: Rosana Lopes dos Santos/PROF-FILO/UERN
E-mail:rosanaverner@hotmail.com
Orientadora: Maria Reilta Dantas Cirino – UERN
E-mail- mariareilta@hotmail.com
Palavras-chave: Filosofia. Ensino.
Aprendizagem.
INTRODUÇÃO
O texto foi desenvolvido na experiência de aulas no Mestrado Profissional em Filosofia PROF-FILO/Polo
Caicó/UERN, no que se refere à aprendizagem. Infere-se a partir de Kohan (2009)
que na filosofia há algo de inensinável (o amor,
a relação com o saber, por
exemplo). Então, qual o
papel do/a professor/a de filosofia se considerarmos que o essencial na filosofia é inensinável? A Filosofia
pode ser “ensinável” ou “aprendível”? Essas nos parecem perguntas de difícil
solução, nas aulas do componente curricular “Filosofia do Ensino de Filosofia”,
PROF-FILO/Polo Caicó, nos propomos a pensar essas questões e situa-las de
acordo com o pensamento dos autores
estudados em nossas pesquisas. Durante as aulas para tentar solucionar as
questões que envolvem o inensinável na filosofia e o papel do professor no
contexto do ensino de filosofia, buscamos na obra Filosofia: o paradoxo de aprender e
ensinar, de Kohan (2009), como
esse filósofo percebe a relação entre quem ensina e o
aprendiz de filosofia. O livro está dividido em três capítulos, tendo como
norte uma reflexão sobre o ensino e a aprendizagem. O filósofo antigo que dá a sustentação a sua obra é Sócrates.
METODOLOGIA
Estudo
bibliográfico, na obra Filosofia: o
paradoxo de aprender e ensinar, de Kohan (2009), proposto em vista de ser
um dos autores que compõem nossa pesquisa de mestrado.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para Kohan
(2009), Sócrates não se assume como mestre de ninguém e nem admite que ensina
algo, não consegue mensurar claramente, o que os seus alunos aprendem.
Percebe-se em Kohan (2009) que seus interlocutores aprendem algo, contudo,
Sócrates não admite ensinar nada a ninguém, mas, assim mesmo provoca
aprendizagens que ele não ensina. Não sabemos ao
exatamente como se aprende, e a aprendizagem nos parece vir independente de alguém ter ensinado ou
não, alguém pode aprender sem que outro o ensine. Não somente se aprende se o outro ensinou, uma pessoa pode aprender sem
que esse movimento aconteça. Para Sócrates, segundo Kohan (2009), é possível
compartilhar o caminho com quem aprende. O professor de Filosofia tem esse
papel de contribuir para a aprendizagem do educando.
CONCLUSÃO
A experiência da
Filosofia não se transmite e nem se ensina, mas a ausência de qualquer forma de transmissão também é um
problema. Para Sócrates parece que a Filosofia só tem um gesto, em si mesmo,
uma relação com o conhecimento e que esse gesto não se transmite, esse gesto é
o que dá sentido à prática do/a
professor/a, mas esse gesto, de certa forma é uma maneira de transmissão, pois a Filosofia tem muito
a nos dizer, por mais que pareça intransmissível. Nesse sentido, esse trabalho
traz contribuições para pensarmos na
aprendizagem na Filosofia, sendo de relevância para a referida área, como
também ampara nossa discussão de pesquisa acerca do tema de Filosofia com
crianças. A academia costuma questionar iniciativas, como por exemplo as
questões que envolvem a Filosofia com crianças, os argumentos são que “[...]
atentam contra a unidade, a pureza ou a especificidade da disciplina” (KOHAN, 2009, p .81). Kohan afirma com base
em Sócrates que a abertura é possível
sendo, a mesma, substancial à prática da Filosofia, “Sócrates mostra não só que
essa abertura é possível, mas também necessária; ambas as condições são
substanciais à própria prática da filosofia. (KOHAN, 2009, p. 81- 82). Para
Sócrates a Filosofia está entrelaçada à vida.
REFERÊNCIAS
KOHAN, Walter Omar. Filosofia:
o paradoxo de aprender e ensinar. Trad.
de Ingrid Müller Xavier. Belo
Horizonte: Autêntica, 2009
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